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QUADRO DE DESENHO EM RELEVO COM CANETA ADAPTADA



Esta é outra dica riquíssima da Fundação Catarinense.

Um recurso fácil de fazer e que irá favorecer muito o aluno baixa visão e até mesmo aqueles com dificuldades motoras.
O engraçado é que todos que entram na minha sala querem escrever, como se fosse uma mágica!
Ficam surpresos com a simplicidade do material e a riqueza do resultado.
As professoras do ensino regular disseram que acharam interessante para a criança treinar de forma lúdica a letra cursiva.
Enfim, é um material que com a criatividade de cada professor trará ótimos resultados.

Material:


  • velcro largo
  • cola quente
  • papelão
  • fio de lã
  • duas miçangas
  • uma caneta sem a carga


As miçangas servem para que o fio de lã não saia de dentro da caneta. Coloque quantos centímetros de fio de lã você quiser.



Eu optei por fazer esse quadro com dois contrastes: fundo claro e fundo escuto, assim o aluno sinaliza como é melhor para ele.

Fica o filminho pra dar água na boca!







Esta dica de material encontrei no site da Fundação Catarinense e é super fácil de fazer.

Materiais:

  • régua
  • transferidor
  • esquadro
  • cola relevo ou cola colorida


Atentos para o detalhe:

  • A cada 3 bolinhas vermelhas são marcados 5 centímetros
  • A cada 2 bolinhas amarelas é marcado 1 centímetro
  • A cada bolinha azul é marcado 5 milímetros


Este material serve como instrumento para o aluno cego ou baixa visão medir, facilitar a identificação do sistema de medidas, traçar ângulos, na aprendizagem da medição de ângulos retos e linhas perpendiculares.






Painel de números

Essa ideia eu achei muito legal. Vi em algum lugar na net, mas não lembro pra poder colocar os créditos.

Bem, trata-se de um painel com mãozinhas onde é feita a contagem através dos dedinhos.
A princípio fiz para um aluno com pautas autistas do 1º ano, mas acabou fazendo sucesso com toda a turma.

Materiais necessários:

2 folhas de EVA da mesma cor para o fundo
1 folha de EVA para os bolsinhos
Retalhos de EVA para os 15 círculos (usei como molde um CD)
15 palitos de picolé
1 folha de EVA com a cor de sua preferencia para recortar as mãozinhas
Cola tudo ou  cola quente
* Eu usei papelão no fundo para deixar o cartaz  mais forme.








Dança Inclusiva


     Iniciou em nossa escola o grupo de Dança Inclusiva dirigido pela professora Juliana Crestani.
     Este projeto permitirá aos alunos de nossa escola, com e sem deficiência física, a entrar no mundo da dança.
     Esta primeira aula contou com a presença de alguns pais que vieram conhecer o projeto. A professora Juliana apresentou o trabalho aos alunos e mostrou um vídeo com duas das apresentações já realizadas pelo grupo de Dança Inclusiva.
     Este modo de ver a dança empolgou aqueles que toparam este novo desafio.
     É isso aí, o Valentim continua buscando alternativas para a participação de todos os alunos nas atividades oferecidas em nossa escola.

E eu claro, ansiosa pela primeira apresentação!





Quanto ao início dos atendimentos - complemento


Estas são algumas das questões que vão depender muito do equilíbrio e bom senso da equipe escolar.
   
                                  
No início da implantação do AEE na unidade escolar é comum a equipe ter dúvidas quanto ao perfil dos alunos que devem ser atendidos na SRM.
Deve ficar claro, tanto para os professores do ensino regular quanto para a equipe diretiva que:


Segundo a Política Nacional de Educação Especial, na Perspectiva Inclusiva 
SEESP/MEC (2008)
O Atendimento Educacional Especializado

Alunos atendidos no AEE
  • Alunos com deficiência: aqueles com impedimentos de longo prazo de natureza física, intelectual ou sensorial que podem ter obstruída/dificultada sua participação plena e efetiva na sociedade diante de barreiras que esta lhes impõem, ao interagirem em igualdade de condições com as demais pessoas (ONU, 2006).
  • Alunos com transtornos globais do desenvolvimento: aqueles que apresentam um quadro de alterações no desenvolvimento psicomotor, comprometimento nas relações sociais, na comunicação ou esteriotipias motoras. Incluem-se nessa definição alunos com autismo clássico, síndrome de Asperger, síndrome de Rett, transtorno degenerativo da infância (psicose infantil) e transtornos invasivos sem outra especificação (MEC/SEESP, 2008).
  • Alunos com altas habilidades/superdotação: estes alunos devem ter a oportunidade de participar de atividades de enriquecimento curricular desenvolvidas no âmbito de suas escolas em interface com as instituições de ensino superior, institutos voltados ao desenvolvimento e promoção da pesquisa, das artes, dos esportes, entre outros.
  • Alunos com deficiência: aqueles com impedimentos de longo prazo de natureza física, intelectual ou sensorial que podem ter obstruída/dificultada sua participação plena e efetiva na sociedade diante de barreiras que esta lhes impõem, ao interagirem em igualdade de condições com as demais pessoas (ONU, 2006).
  • Alunos com transtornos globais do desenvolvimento: aqueles que apresentam um quadro de alterações no desenvolvimento psicomotor, comprometimento nas relações sociais, na comunicação ou esteriotipias motoras. Incluem-se nessa definição alunos com autismo clássico, síndrome de Asperger, síndrome de Rett, transtorno degenerativo da infância (psicose infantil) e transtornos invasivos sem outra especificação (MEC/SEESP, 2008).
  • Alunos com altas habilidades/superdotação: estes alunos devem ter a oportunidade de participar de atividades de enriquecimento curricular desenvolvidas no âmbito de suas escolas em interface com as instituições de ensino superior, institutos voltados ao desenvolvimento e promoção da pesquisa, das artes, dos esportes, entre outros.

Avaliação:
Para que os atendimentos possam ser iniciados, o aluno precisa passar por uma avaliação, mas esta não é responsabilidade única do professor de AEE. Não somos nós que determinamos "o que o aluno tem".
Em Joinville contamos com uma equipe multidisciplinar (Pedagogia/AEE, Fonoaudiologia, Psicologia e Terapia ocupacional). Após a avaliação com esta equipe o aluno inicia os seus atendimentos, porém se ele ainda não possui nenhum laudo é feito encaminhamento para neurologista.
Mas a ausência deste laudo não nos impede de atender este aluno, pois foi levantada uma "suspeita" após a avaliação. Na documentação e até mesmo no censo escolar este aluno consta como "em investigação".
Se na sua cidade não há uma equipe multidisciplinar a maior parceria do AEE é com o orientador escolar, cabe à ele fazer os encaminhamentos dos alunos, seja pra Postinho de Saúde ou qualquer outro tipo de atendimento.

É preciso compreender que não é o supervisor escolar, o professor da sala regular ou a direção da escola que determinará se o aluno será atendido ou não. Isto é competência do professor de AEE que após o estudo de caso, as observações, a avaliação pedagógica e os possíveis encaminhamentos irá, com seu olhar investigativo, perceber se este aluno é ou não perfil do AEE.

Muito cuidado: nós não determinamos se um aluno tem ou não deficiência, apenas suspeitamos após estudo e então encaminhamos para avaliação médica.

Outro ponto importante: alunos com TDAH não são público alvo da educação inclusiva! 

Espero ter contribuído.

Abraços!

Quanto ao número de alunos


Esta é uma questão que foi levantada por uma das leitoras do blog e por isso vou compartilhar como é feito em minha sala.

Desconheço qualquer lei que defina o número de alunos ou o tempo de atendimento nas Salas de Recursos Multifuncionais. Aqui em Joinville, nós professoras de AEE definimos esta questão de acordo com a realidade de cada escola.

Há alunos que necessitam atendimento individual, é o caso de um de meus alunos ( BV) que está aprendendo a usar o Dosvox  e de outro (PC) que aprende a usar a Comunicação Alternativa.
Mas há casos onde o trabalho em grupo irá favorecer o aluno, pois ele precisa ficar atento e concentrado em sala de aula, mesmo em meio a agitação dos demais colegas  (este é apenas um exemplo)

Vou explicar como organizo meus atendimentos:

  • Tempo:  1h ou 1:30h (depende o aluno)
  • Quantidade de alunos: individual ou grupo (no máximo 4 alunos para ter um bom rendimento)
  • Quantidade de alunos por período: 5 de for atendimento individual
  • Dias de atendimento por semana: 4
  • Dias para observação, confecção de materiais, estudos... : 1


Veja bem, dependendo da quantidade de alunos em sua escola não haverá alunos o tempo todo, todos os dias e é preciso saber lidar com esta situação. Dentro do ambiente escolar é comum achar que só trabalha quem está entupido de aluno.  É preciso mudar esse pensamento partindo do próprio professor de AEE que na maioria das vezes vem da sala de aula e se vê “sem ter o que fazer”.

Muitos de nossos alunos faltam aos atendimentos, geralmente por problemas de saúde e o professor do AEE pode utilizar este tempo, esta janela no horário para pesquisar mais sobre a deficiência de seus alunos, rever seus estudos de casos, modificar planos de atendimento, levar sugestões para os professores, observar alunos em sala e confeccionar materiais.

Como é possível perceber, apenas um dia para atividades que devem ser realizadas além dos atendimentos é muito pouco, por isso o professor deve saber administrar seus dias restantes da semana.
Engana-se quem acha que professor de AEE trabalha menos, eu sempre digo que trabalhamos tanto quanto, apenas é diferente. 

Apresentação de Trabalho


Antes da Sala de Recursos Multifuncionais ser implantada em nossa escola a apresentação de trabalho feita por um aluno com paralisia cerebral que não se comunica verbalmente parecia algo praticamente impossível, mas este pensamento vem mudando desde 2009.

A partir do início do AEE, e dos materiais que temos adquirido para a sala os horizontes e possibilidades têm se ampliado significativamente.

Vou mostrar um exemplo de apresentação de trabalho utilizando um vocalizador.
Para quem ainda não conhece, o vocalizador é uma prancha de comunicação sonora, onde o aluno aperta as imagens referentes ao que ele quer falar e esta emite o som previamente gravado.
Para preparar este material eu utilizo o programa Boardmaker na opção "criar prancha".



Para esta apresentação o aluno contou com a colaboração dos colegas que leram o texto previamente preparado enquanto, com o vocalizador, ele dava as coordenadas.


Cada símbolo tem um significado que o aluno aprende e memoriza durante os atendimentos, assim ele pode ler textos e também construí-los, utilizando imagens ao invés de palavras escritas.
A imagem acima mostra os símbolos utilizados no vocalizador para a apresentação de Geografia.
Utilizei cores diferentes para auxiliar o aluno a lembrar quando ele deveria parar de acionar o som e dar uma pausa na apresentação. Se ao invés de símbolos tivéssemos usado palavras a apresentação ficaria assim:

"Vou precisar da ajuda de 5 colegasPor favor ler uma fraseObrigado, podem sentarCada aluno irá receber uma cópia."

Ao final da apresentação cada aluno recebeu um resumo do assunto pesquisado.


É simples não é? Basta oferecermos as ferramentas certas e acima de tudo aceitarmos e valorizarmos aquilo que o aluno sabe e consegue fazer ao invés de focar em suas dificuldades.

Um grande abraço!

Adaptação de atividades e avaliações


Esta tem sido uma das maiores dúvidas dos meus colegas professores, tanto em sala de aula quanto pra quem está iniciando na Sala de Recursos Multifuncionais.

Para realizar este trabalho adequadamente é importante saber:

  •  O aluno com deficiência deve ter acesso ao conteúdo assim como os demais colegas;
  • A atividade ou avaliação deve ser realizada no mesmo momento em que os colegas também a estão realizando;
  •  O aluno deve realizar suas atividades em sala de aula, mas nesta questão devemos ser ponderados, cada caso tem suas peculiaridades. Por exemplo, se for necessário ler em voz alta para o aluno devemos nos preocupar com os demais e esta é uma questão que cada professor certamente saberá contornar e encontrar a melhor solução;
  • A atividade ou avaliação deve estar de acordo com o conteúdo que foi trabalhado com toda a turma;
  • Devem ser elaboradas questões que realmente oportunizem ao aluno expor aquilo que sabe ou onde precisa de mais atenção;
  • O aluno jamais deve ser subestimado e receber apenas atividades “fáceis”;
  • O momento da atividade ou da avaliação não deve ser um faz de conta!

Agora vamos à parte prática:

  • Todos dizem que não existe uma receita, cada caso é um caso, cada aluno é um aluno, mas eu costumo afirmar que receita pronta não existe, mas os ingredientes podem ser sugeridos e é isto que eu farei aqui.
  • Vamos lá, afinal...  Como adaptar uma atividade para um aluno com deficiência intelectual, que ainda não desenvolveu os hábitos da leitura e da escrita?? Esta é uma das situações mão comuns.
  • Pontos que devemos entender:
  • O número de questões deve ser diminuído, é importante que o aluno consiga concluir o trabalho proposto durante a aula, chega de frustrações!
  • Usar muitas imagens;
  • Mesmo que o aluno não tenha nenhum comprometimento visual use fonte Arial Maiúscula 14, com um bom espaçamento, sem economia de folhas (quando for possível, é claro);
  •  Evite colunas estreitas, com palavras ou imagens amontoadas;
  • Procure não oferta muitas atividades em que o aluno tenha que desenhar, pense, geralmente esses alunos passaram a vida escolar inteira desenhando por ainda não ter desenvolvido a habilidade da escrita.

Como é possível perceber, adaptar atividades não é algo tão complicado, basta conhecermos bem o nosso aluno.
Espero que este post tenha ajudado e tirado algumas duvidas sobre este assunto.
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